Escrever de uma forma totalmente fria e impessoal, ou seja, sem ambiguidades. Pôr de parte os "eus" e os "tus" e os "nós", ou seja, sabendo quem somos. Limitar frases com as conjunções "que", "mas" e "porque", ou seja, desobrigar explicações desnecessárias. Evitar o mais possível qualquer termo técnico, ou seja, tornar clara a escrita. É inevitável, assim, dizer tudo de uma forma simples e directa, ou seja, adoro-te.
quinta-feira, abril 26
sexta-feira, abril 20
Manifesto à Inteligência
Prezados Amigos:
Hoje, permitam-me trazer aqui um manifesto. É o meu primeiro e talvez o único.
Ponto Um - Nos últimos meses, a vida foi sacudida pelo abalo (in)consciente de sentimentos. Uma aliança entre a inteligência e a falta de paciência liderou a revolução silenciosa contra a privação e a ausência, que marcam o actual estado. Pretende-se garantir a fixação da estabilidade física e psicológica, tendo em conta os centros de decisão mentais. Caso tal não aconteça, a estratégia passará pela imperícia em se desassossegar com os devidos responsáveis.
Ponto Dois - Apesar da fé designada aos intervenientes, e lamentando a falta de respostas, o que está fundamentalmente em causa é a utilização de mecanismos extremos de combate a tal situação incómoda e escusável. Ou seja, a doação voluntária não implica, per si, a crença numa reintegração adequada daquilo que foi disposto, contudo, a crença (essa sim) num laço cordial e de afeição dita e demonstrada entre as duas entidades, traduz a necessidade benevolente de uma refutação ajustada à situação.
Ponto Três - Toda a opinião manifestada no actual texto é vítima de subjectividade, sendo as ambiguidades e as hipocrisias uma falta de novidade em redor da inexistente proposta de solução do caso. É, pois, crescente a concorrência diária que os não-intervenientes impõem à resolução do estado psicológico alcançado pela parte, o que explica o aparecimento do presente documento. No entanto, o subscritor esconde-se por detrás das referências oblíquas do problema, dispondo como único vizinho os poderosos, e sempre presentes, amigos imaginários, defensores estes da subjectividade e dos seus interesses psicológicos. Pretende-se, assim, desfazer qualquer tipo de distorção analítica e contrariar algum tipo de raciocínio surgido aos intervenientes por excesso de zelo e por desejos moderados ou fases de esquisitice.
Ponto Quatro - Se por um lado se exaltam os objectivos e os feitos da construção mental elaborada, por outro credibiliza-se a necessidade dos sofisticados argumentos ocuparem o seu tempo de raciocínio. O uso económico da inteligência por parte dos intervenientes comprova a liberalização concedida à ignorância que, neste caso, se traduz pela perda de riqueza intelectual e consideração para os residentes na memória, assim como a perda de estima pelos mesmos. Defendem-se as regras da lucidez e as escolhas livres de ambiguidades e solicita-se a participação activa pelas partes através da comunicação e comunhão de interesses. Condena-se a parvoíce instalada por estados de vaidade e soberda, tendo em nota que análises particulares revelam desequilíbrios parciais no que diz respeito à presunção dos intervenientes.
Ponto Cinco - Este texto é, ainda, redundante na medida em que as ideias apresentadas pelo subscritor se encontram já devidamente reflectidas e, outrora, defendidas perante os intervenientes de uma forma possivelmente indirecta, mas consciente e que requere o uso de inteligência por parte dos mesmos. O valioso tempo exige assim ao subscritor a aplicação de medidas de contenção, em defesa da estabilidade desejada e do investimento realizado nas funções legítimas de boa vida (e consequentes sub-partes funcionantes desta). A alternativa a um crescente movimento de desinteresse e não-preocupação com as partes envolvidas pode e deve ser vista como fundamental, visto que o desinvestimento nos intervenientes, nao identificados neste escrito por parte do subscritor, não é a solução cobiçada, mas a executável sem qualquer tipo de exclusividade coadjuvantes que atenuem a resolução do manifestado.
Ponto Seis - Não se acredita que a solução proposta seja a ambicionada pelos participantes, ainda que o nível de consciência da situação seja mínimo e se encontro minado pela falta de identificação e de noção das consequências a longo prazo. A dança entre as tentativas manifestadas desta questão menor da vida dos intervenientes, tem vindo a desfazer a aliança da elite intelectual existente, sendo um facto que a permanência dos centros de decisão mental sempre enfrentaram conflitos com as crenças da vida. Durante muito tempo foi esperado a decisão madura de forma a proteger esse bem único e existente entre os intervenientes, porém, não deixa de surpreender que o subscritor mantenha a subjectividade e a crença, pelo que tal actuação leve à criação de suspeitas relativamente aos núcleos de inteligência tão fortemente defendidos.
Ponto Sete - Mas (e sublinhe-se aqui que o subscritor é totalmente contra o uso do advérbio "mas" no início das frases) se o documento expresso não é exemplo de lógica e coerência, seja feito dele um exemplo do modo de vida da parte interveniente. Todavia, é um facto, toda a análise feita a partir do mesmo apresente um erro à partida. Convirá, portanto, a ressalva de que o subscritor não coloca em causa a sua percepção mental da situação vivida, mas sim a faculdade psíquica (in)consciente usada livremente pelos intervenientes. O subscritor refere-se ao empobrecimento psicológico da parte, pelo que a qualidade desta banhada na futilidade instável do momento do tempo indefinido (que é a vida), favorece a abnegação pelo entendimento alheio de uma forma desapegada. Trata-se de um argumento sentido e que, convirá recordar, faz parte do desenvolvimento relacional de ambos os intervenientes. Ora, a sempre advogada prosperidade relacional e intelectual, entre as partes, parece não ter sido mais do que uma questão ambígua e de sucessivos abandonos não elaborados, demonstrando os efeitos nefastos do tema e que colocam a nu o interesse desigual de cada parte.
Ponto Oito - De referir, igualmente, que para ser verdade qualquer tipo de relação, a origem da mesma não poderá ser mal entendida. Não será menos verdade que a falta de inteligência leva a estratégias de vitimização, arriscando-se a quebra da situação sem possível compreensão e concordância das partes. O proteccionismo vivenciado até à data é uma excelente ilustração da deslocação de interesses por parte do subscritor de forma a enfraquecer a incapacidade intelectual da parte, não sendo, de forma alguma, o presente texto uma forma desesperada que transpareça a necessidade de melhores condições de partida do centro de inteligência mascarado em tons confusos. Ou será. A suposição de que tratará de uma forma fantasiada de falsos moralismos, fica assim desacreditada, já que os centros de decisão têm por objectivo o enriquecimento intelectual e não a fuga de situações que a parte parece manifestar pela incapacidade de resolução.
Ponto Nove - Considera-se que o presente escrito é pouco claro, contraditório, vago e redundante. Por outro lado, os argumentos demonstrados encontram-se enraizados na razão, faculdade abarrotada de justiça e bom senso. Em jeito de conclusão (quase), a vida necessita não de enganos propositados e intervenientes imaturos e perdidos nas redes do aproveitamento desembaraçado, mas sim de centros de decisão atilados que evoquem o respeito. As decisões não podem ser descentralizadas e influencidas por vagos juízos, represálias incoerentes e/ou misérias pessoais transitórias. A moral, distintiva da maturidade, não se define em parte dos intervenientes.
Ponto Dez - Seja talvez perverso partir do princípio que o sucesso da decisão defendida pelo bem psicológico do subscritor, e que traduz o fracasso dos intervenientes, seja o resultado de um raciocínio superior e sensato. Esta atitude tem como objectivo a retaliação das partes, se tal faculdade mental das mesmas o permitir, embora as consequências esperadas não sejam necessariamente prejudiciais para o subscritor e para o seu manifesto. Nestas circunstâncias, tendo como base que a faculdade psíquica dos intervenientes se encontre livre de brio desnecessário, a estratégia permite transformar a falta do acontecer, deixando-se, no entanto, as decisões das partes livres e descentralizadas para que seja possível a defesa da relação marcada. Por último, realça-se, de novo, o facto de todo o raciocínio exposto ser ilusório e dotado de validade individual, pelo que a sua demonstração aparente tem por fim único o que se entende nas entrelinhas, se a faculdade dos intervenientes assim o possibilite (mais uma vez) e se atreva.
Nota Final:
Verdadeiramente radical só mesmo o que se quebrou e abandonou. A revisão intelectual faz-se com a pressa dos imprudentes, revelando assim a pequenez da sua vida intelectual. Dito isto, é necessário alertar para a incapacidade de comunicação e para a violência psicológica vividas. O campo fascinante da inteligência, pela possibilidade de descontrolo total dos intervenientes, promete vir a alterar os interesses e o modo de percepcionar dos mesmos, ou seja, o fracasso da parte está para breve.
Hoje, permitam-me trazer aqui um manifesto. É o meu primeiro e talvez o único.
Ponto Um - Nos últimos meses, a vida foi sacudida pelo abalo (in)consciente de sentimentos. Uma aliança entre a inteligência e a falta de paciência liderou a revolução silenciosa contra a privação e a ausência, que marcam o actual estado. Pretende-se garantir a fixação da estabilidade física e psicológica, tendo em conta os centros de decisão mentais. Caso tal não aconteça, a estratégia passará pela imperícia em se desassossegar com os devidos responsáveis.
Ponto Dois - Apesar da fé designada aos intervenientes, e lamentando a falta de respostas, o que está fundamentalmente em causa é a utilização de mecanismos extremos de combate a tal situação incómoda e escusável. Ou seja, a doação voluntária não implica, per si, a crença numa reintegração adequada daquilo que foi disposto, contudo, a crença (essa sim) num laço cordial e de afeição dita e demonstrada entre as duas entidades, traduz a necessidade benevolente de uma refutação ajustada à situação.
Ponto Três - Toda a opinião manifestada no actual texto é vítima de subjectividade, sendo as ambiguidades e as hipocrisias uma falta de novidade em redor da inexistente proposta de solução do caso. É, pois, crescente a concorrência diária que os não-intervenientes impõem à resolução do estado psicológico alcançado pela parte, o que explica o aparecimento do presente documento. No entanto, o subscritor esconde-se por detrás das referências oblíquas do problema, dispondo como único vizinho os poderosos, e sempre presentes, amigos imaginários, defensores estes da subjectividade e dos seus interesses psicológicos. Pretende-se, assim, desfazer qualquer tipo de distorção analítica e contrariar algum tipo de raciocínio surgido aos intervenientes por excesso de zelo e por desejos moderados ou fases de esquisitice.
Ponto Quatro - Se por um lado se exaltam os objectivos e os feitos da construção mental elaborada, por outro credibiliza-se a necessidade dos sofisticados argumentos ocuparem o seu tempo de raciocínio. O uso económico da inteligência por parte dos intervenientes comprova a liberalização concedida à ignorância que, neste caso, se traduz pela perda de riqueza intelectual e consideração para os residentes na memória, assim como a perda de estima pelos mesmos. Defendem-se as regras da lucidez e as escolhas livres de ambiguidades e solicita-se a participação activa pelas partes através da comunicação e comunhão de interesses. Condena-se a parvoíce instalada por estados de vaidade e soberda, tendo em nota que análises particulares revelam desequilíbrios parciais no que diz respeito à presunção dos intervenientes.
Ponto Cinco - Este texto é, ainda, redundante na medida em que as ideias apresentadas pelo subscritor se encontram já devidamente reflectidas e, outrora, defendidas perante os intervenientes de uma forma possivelmente indirecta, mas consciente e que requere o uso de inteligência por parte dos mesmos. O valioso tempo exige assim ao subscritor a aplicação de medidas de contenção, em defesa da estabilidade desejada e do investimento realizado nas funções legítimas de boa vida (e consequentes sub-partes funcionantes desta). A alternativa a um crescente movimento de desinteresse e não-preocupação com as partes envolvidas pode e deve ser vista como fundamental, visto que o desinvestimento nos intervenientes, nao identificados neste escrito por parte do subscritor, não é a solução cobiçada, mas a executável sem qualquer tipo de exclusividade coadjuvantes que atenuem a resolução do manifestado.
Ponto Seis - Não se acredita que a solução proposta seja a ambicionada pelos participantes, ainda que o nível de consciência da situação seja mínimo e se encontro minado pela falta de identificação e de noção das consequências a longo prazo. A dança entre as tentativas manifestadas desta questão menor da vida dos intervenientes, tem vindo a desfazer a aliança da elite intelectual existente, sendo um facto que a permanência dos centros de decisão mental sempre enfrentaram conflitos com as crenças da vida. Durante muito tempo foi esperado a decisão madura de forma a proteger esse bem único e existente entre os intervenientes, porém, não deixa de surpreender que o subscritor mantenha a subjectividade e a crença, pelo que tal actuação leve à criação de suspeitas relativamente aos núcleos de inteligência tão fortemente defendidos.
Ponto Sete - Mas (e sublinhe-se aqui que o subscritor é totalmente contra o uso do advérbio "mas" no início das frases) se o documento expresso não é exemplo de lógica e coerência, seja feito dele um exemplo do modo de vida da parte interveniente. Todavia, é um facto, toda a análise feita a partir do mesmo apresente um erro à partida. Convirá, portanto, a ressalva de que o subscritor não coloca em causa a sua percepção mental da situação vivida, mas sim a faculdade psíquica (in)consciente usada livremente pelos intervenientes. O subscritor refere-se ao empobrecimento psicológico da parte, pelo que a qualidade desta banhada na futilidade instável do momento do tempo indefinido (que é a vida), favorece a abnegação pelo entendimento alheio de uma forma desapegada. Trata-se de um argumento sentido e que, convirá recordar, faz parte do desenvolvimento relacional de ambos os intervenientes. Ora, a sempre advogada prosperidade relacional e intelectual, entre as partes, parece não ter sido mais do que uma questão ambígua e de sucessivos abandonos não elaborados, demonstrando os efeitos nefastos do tema e que colocam a nu o interesse desigual de cada parte.
Ponto Oito - De referir, igualmente, que para ser verdade qualquer tipo de relação, a origem da mesma não poderá ser mal entendida. Não será menos verdade que a falta de inteligência leva a estratégias de vitimização, arriscando-se a quebra da situação sem possível compreensão e concordância das partes. O proteccionismo vivenciado até à data é uma excelente ilustração da deslocação de interesses por parte do subscritor de forma a enfraquecer a incapacidade intelectual da parte, não sendo, de forma alguma, o presente texto uma forma desesperada que transpareça a necessidade de melhores condições de partida do centro de inteligência mascarado em tons confusos. Ou será. A suposição de que tratará de uma forma fantasiada de falsos moralismos, fica assim desacreditada, já que os centros de decisão têm por objectivo o enriquecimento intelectual e não a fuga de situações que a parte parece manifestar pela incapacidade de resolução.
Ponto Nove - Considera-se que o presente escrito é pouco claro, contraditório, vago e redundante. Por outro lado, os argumentos demonstrados encontram-se enraizados na razão, faculdade abarrotada de justiça e bom senso. Em jeito de conclusão (quase), a vida necessita não de enganos propositados e intervenientes imaturos e perdidos nas redes do aproveitamento desembaraçado, mas sim de centros de decisão atilados que evoquem o respeito. As decisões não podem ser descentralizadas e influencidas por vagos juízos, represálias incoerentes e/ou misérias pessoais transitórias. A moral, distintiva da maturidade, não se define em parte dos intervenientes.
Ponto Dez - Seja talvez perverso partir do princípio que o sucesso da decisão defendida pelo bem psicológico do subscritor, e que traduz o fracasso dos intervenientes, seja o resultado de um raciocínio superior e sensato. Esta atitude tem como objectivo a retaliação das partes, se tal faculdade mental das mesmas o permitir, embora as consequências esperadas não sejam necessariamente prejudiciais para o subscritor e para o seu manifesto. Nestas circunstâncias, tendo como base que a faculdade psíquica dos intervenientes se encontre livre de brio desnecessário, a estratégia permite transformar a falta do acontecer, deixando-se, no entanto, as decisões das partes livres e descentralizadas para que seja possível a defesa da relação marcada. Por último, realça-se, de novo, o facto de todo o raciocínio exposto ser ilusório e dotado de validade individual, pelo que a sua demonstração aparente tem por fim único o que se entende nas entrelinhas, se a faculdade dos intervenientes assim o possibilite (mais uma vez) e se atreva.
Nota Final:
Verdadeiramente radical só mesmo o que se quebrou e abandonou. A revisão intelectual faz-se com a pressa dos imprudentes, revelando assim a pequenez da sua vida intelectual. Dito isto, é necessário alertar para a incapacidade de comunicação e para a violência psicológica vividas. O campo fascinante da inteligência, pela possibilidade de descontrolo total dos intervenientes, promete vir a alterar os interesses e o modo de percepcionar dos mesmos, ou seja, o fracasso da parte está para breve.
segunda-feira, abril 2
Loja de Porcelanas
"O que fazia um elefante
na tua loja de porcelanas,
sei que não me vais dizer...
Foi por ele que tu me trocaste
e eu nunca soube porquê,
nem nunca virei a saber.
Às vezes a beleza dói
quando o olhar reflecte
o que o coração inventou...
O que fazia um elefante
na tua loja de porcelanas,
sei que não me vais dizer...
Entrou e saiu, pela frente,
deixou tudo em pantanas
e tu voltaste a sofrer.
E quando o ideal cai,
tudo aquilo que promete
nunca acontece."
Carlos Tê, pelos Clã.
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