quarta-feira, fevereiro 28

Momentos no tempo.

Os invernos passam e não lhe tocam, o que antes foi um anjo, agora demónio se envaidece. Lá dentro, na posse de mim mesmo, vejo-me no espelho, ser mudo que não conhece.
Encontra um lugar só teu, para que os mortais o habitem e deixa que sejam o teu rebanho.. dono de um lugar vadio, enche-o do teu ser, do teu não-ser, ergue-os cá fora e os outros, rebanho, que meditem.

2 comentários:

Hugo Sousa disse...

se nesse lugar existerem fraldas, palavras e pessoas como tu, então já o encontrei; só falta crescer o rebanho, o berço está montado para o que vier. "crroin crroin": o barulho com o pano branco a encher de pureza o que já existe.

Anónimo disse...

Hum, há coisas que se lêm e é certo que cada um tem o seu entendimento pessoal das coisas através do que experienciou..yada yada..certo é que isto bateu de uma forma engraçada, não estava à espera. Encaixa, de uma forma algo pessoal até. O demónio assombra tudo por onde passa, o anjo não passa de um lobo em pele de cordeiro à espera do momento certo para atacar.
O sítio que falas por vezes é difícil de encontrar, deveras. Não por ser um sítio diferente de tempos a tempos mas porque a bússola avaria ou os campos magnéticos mudam mas esse sítio tem sempre o mesmo nome apesar de usar vários pseudónimos. Casa/Paz Interior/Centro/Ponto de Equilibrio/etc. Quando se perde o sentimento de Casa, a Casa de que se tem saudades, morre ali algo de nós..mas quando se volta a encontrar com a determinação de quem não quer sair de Casa..nunca mais se volta a perder..I guess..o rebanho, esse..que fique de facto a pensar sobre o assunto até se aperceber desse pequeno grande facto.
Bem e para não avançar com esta diarreia verbal fico-me por aqui, não faz sentido sequer mas saiu assim..acaba por ser intencional. Um desabafo perante mim mesmo.

Nuno